Sintonia perfeita entre time e torcida, assim foi a noite de quinta feira no Estádio Nilton Santos. Talvez seja a competição internacional, talvez o valor do ingresso, talvez uma oportunidade de ir ao estádio, mas com certeza não era pelo futebol vistoso da equipe que a torcida foi ao estádio, mas de alguma forma deu liga. A vibração da torcida somado ao trabalho de Zé Ricardo e claro a vontade dos jogadores transformou os antes 11 execrados jogadores, em uma equipe aguerrida, que sufoca o adversário, comprometido com o objetivo, um estilo de jogo semelhante ao de 2017, quando o alvinegro fez uma bela campanha na Libertadores.
A torcida abraçou e jogou com time os 90 minutos, o que fez toda diferença para o resultado, mesmo o Nacional não sendo um grande adversário, a equipe precisava se sentir apoiada, a torcida não decepcionou, e em campo os jogadores retribuíram da melhor forma, não teve bola perdida, não teve dividida sem vontade, não teve chance para o adversário.
Lindoso e Valência foram os autores dos gols, curiosamente talvez fossem os mais criticados pela torcida nas últimas semanas, os dois ganham um novo estimulo para os próximos jogos, principalmente para tentar se reerguer no campeonato brasileiro, onde o Botafogo precisa voltar as vitórias para não se aproximar do rebaixamento e também não deixar o grupo da frente desgarrar.
Nesse jogo talvez tenha ficado a mensagem para diretoria e torcida, com ingressos mais baratos a torcida comparece, não necessita todo jogo ser R$10,00 o ingresso, basta planejar com eficácia suas promoções, e o recado que fica pra torcida é que quando o time é motivado pela arquibancada as coisas podem acontecer, mas com 4, 5, 6 mil torcedores fica difícil até se cobrar dos jogadores. Enquanto isso o Botafogo já sabe seu próximo adversário na Sulamericana, que será o Bahia, e no próximo fim de semana o alvinegro encara o Atlético/MG, no Nilton Santos, pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão.
Héberton Antunes
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