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Quando ganhar só Campeonato Francês não adianta mais...

Que o Paris Saint-Germain tem um baita time, não se discute. Agora, isso faz dele um time grande? Eu poderia dizer que sim, mas o seus sucessivos fracassos em ambiente europeu. A verdade, caro leitor, é que já deu. Ganhar Campeonato Francês é como o Flamengo com o Cariocão ou Inter e Grêmio com o Gaúchão... Deve ganhar (é quase obrigação), mas não conta mais nada se não vier títulos maiores.

Com a compra do clube em 2011 pelo QSI (Qatar Sports Investment) na pessoa do Sheik Nasser Al-Khelaïfi que se tornou presidente, o PSG deu uma guinada. Até então o time era conhecido, claro. Mas não era o destaque do cenário francês. Não custa lembrar da era de ouro do Lyon (2001-2008) com Juninho Pernambucano arrasando com belíssimos gols e levando a equipe a 7 títulos nacionais seguidos (os únicos do Lyon até hoje) e dos títulos alternados de Mônaco, Olympique de Marseille, Lille e Bordeaux. O último título do Campeonato nacional do PSG tinha sido na temporada 1993-1994. Muito tempo. Depois dessa época, passaram por lá Pauleta, Ronaldinho Gaúcho, Nenê e Denílson (volante, ex-São Paulo). Mas nenhum deles alcançou a glória. Com a chegada do "homem do dinheiro", a equipe da capital francesa rapidamente chamou atenção dos amantes do futebol ou dos amantes dos bons times. Liga o vídeo game e jogar com o PSG passou a ser uma maravilha. Era craque atrás de craque. Assim que a chefia chegou apareceram figuras conhecidas da Europa: os brasileiros Thiago Motta, Alex (zagueiro) e Maxwell (lateral) e o argentino Javier Pastore. Para a temporada 2012-2013, as coisas melhoraram. Anote aí: Lucas (ex-São Paulo), Thiago Silva, Matuidi, Verratti (um jovem desconhecido), Lavezzi e, é claro, Ibrahimovic. Nessa mesma temporada caíram os 8 anos sem vencer um título sequer do "Francêszão". E daí para lá tudo foi um espetáculo. Um total de cinco troféus em seis disputados, e a quantidade de craque foi aumentando. Uns ficaram, outros saíram e Neymar, Draxler, Di María, Mbappé e Cavani chegaram. Nossa! Que time, quantas opções! Mas, no fim, ficou sem graça. Os títulos se amontoaram, a diferença para Liga 1 toda foi enorme e mostrou o que o PSG não esperava: estava na hora de disputar com os grandes.

A figuração na Champions League passou a ser corriqueira para os franceses. Mas não bastava figurar apenas, devia haver protagonismo. É o mínimo que se espera de um time com os melhores atacantes do mundo, incluindo o considerado 3º maior de todos (abaixo de Messi e CR7). Desde o início do período das "vacas gordas" em 2012, o time de azul e vermelho esteve todos os anos na UCL. Mas aí vem o problema: eliminação SEMPRE. O máximo foi quartas-de-final. No máximo! Eliminações para o Chelsea, para o Barça (3x); inclusive, não posso deixar de lembrar daquele jogo em que o Barcelona fez 6x1 na Espanha após ter levado 3x0 em Paris. Uma virada histórica, a maior de todos os tempos. Até que chegamos em 2019 com a virada histórica do Manchester United e mais uma eliminação.

Meu caro amigo, você certamente sabe vários jogadores do time, talvez até de cor devido a vídeo game. Mas me fale quem é o treinador. Me fale quais foram os últimos treinadores e qual foi a importância deles. É incrível como um time desse porte que se tornou o PSG, não pense no banco de reserva, não pense em quem vai comandar essa tropa. Todo ano é viagem na Ásia (pré-temporada), Torre Eiffel azul em dia de jogo... Não há problema nisso tudo desde que haja resultados dentro das quatro linhas. Menos marketing e mais futebol, Sheik. Não há planejamento. Despejaram um monte de craque na mão de vários treinadores que não sabiam o que fazer, ou pior, nem os pediram. Alguém perguntou a Unai Emery o que ele achava de Neymar?

Está na hora de alguém do futebol assumir esse clube. Não a presidência, mas a direção, a determinação das coisas. Não basta mais ganhar a Ligue 1, nem tem importância. É obrigação devido ao elenco. Se o PSG não foi feito para brigar com os "cachorros grandes", então para quê esse time todo? Está na hora de repensar o "projeto marketing" para o "projeto futebol começa no treinador e no planejamento". Enquanto isso, o Paris Saint-Germain nunca será um time grande. No máximo um grande francês e nada além disso. A Europa e muito mais que campeonatos nacionais.


Filipe Vianna

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