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Onde vai parar o Vasco?

Crise sem fim, prato sem fundo, abismo eterno... São expressões que definem muito bem o atual momento do Clube de Regatas Vasco da Gama. Explicações não resolvem, soluções não funcionam... O que fazer? O que esperar do futuro do clube?

Treinador vem, treinador vai...

O Vasco já está em seu 4º técnico na temporada. O primeiro foi Zé Ricardo. Com um bom trabalho no cruz-maltino, levou o time da posição 14 para a posição 7 no Brasileirão de 2017 e, com isso, veio a classificação para a Libertadores. Mas uma queda de rendimento fez com que a pressão aumentasse (exageradamente) e o treinador pediu demissão antes que "puxassem a corda". Depois dele veio Jorginho que chegou com o aval da torcida (apesar da divergência de opiniões). No entanto, suas mudanças sem lógica de jogadores em posições estranhas - como na derrota para o Palmeiras - fizeram o treinador cair após incríveis 10 jogos com 4V, 1E, 5D. Valdir Bigode foi interino e manteve sua invencibilidade de 5 jogos divididos entre trocas no banco de reservas. Vale ressaltar que houve campanha para ser efetivado, mas a diretoria não quis "acreditar" (clique aqui).

Por fim, paramos em Alberto Valentim. Agitado, ele vem tentando injetar ânimo em seus jogadores através de entrevistas "animadoras" e discursos motivacionais. Porém, após a derrota para o Vitória (9/09), contabilizou-se o quarto jogo seguido que a equipe vem perdendo. Sem contar que ele poupou Andrey e Pikachu, atletas valiosíssimos no clube sob a justificativa de excesso de jogos seguidos. Bom, certo ou errado, a torcida não gostou e, seguindo a lógica da atual diretoria, a pergunta é: quando Valentim cai?


Política atrapalha. E muito!

Já são 4 treinadores como você viu. O estilo mudou, a tática mudou, mas as derrotas se acumulam.

Enquanto isso, Campello vai acumulando fracassos dentro e fora de campo. Vale lembrar que ele viajou à Rússia (quis ver a Copa né) gerando mal-estar. Além do que, houve uma briga de quem seria o presidente interino nessa mesma época. Este fato gerou até invasão na sala da chefia e a polícia foi acionada. Outro ponto negativo na gestão atual foi o rompimento da aliança com Júlio Brandt no dia da votação do clube e, consequentemente, a junção polêmica com Eurico Miranda que se tornou presidente do conselho dos beneméritos e continua mandando no clube.

Recentemente, a diretoria decidiu jogar no Maracanã para atrair mais torcedores e fazer ações de marketing estimulando adesões ao plano de sócio torcedor. A torcida atendeu: 30mil apaixonados estiveram lá, mas assistiram 3 gols de Gabigol e o Santos ganhar por esse placar. O que era pra ser bom, se tornou um pesadelo após críticas do meia Wagner em dizer que "ninguém consultou a gente (jogadores) para saber nossa opinião" e que a preferência era atuar em São Januário.


O que o futuro reserva?

O questionamento de "Onde vai parar o Vasco" é cercado de incertezas e assombra cada vez mais São Januário. Técnicos não dão jeito, jogadores criticam a diretoria, diretoria é omissa e atrapalhada, torcedores e jornalistas criticam a falta de peças reposição no elenco... O Vasco não vê uma luz no fim do túnel - se é que ela existe - e não sabe o que fazer. Caso haja rebaixamento no Brasileirão desse ano será o 4º (quarto) em 10 anos. É o time que mais foi rebaixado da Série A desde a era dos pontos corridos em 2003.

Há quem diga que o futuro será similar à Portuguesa de São Paulo. Um time falido, rebaixado inúmeras vezes e sem apoio algum. Certamente isso não acontecerá. O Vasco tem uma torcida apaixonada, imensa (é a 5ª maior do Brasil) que sempre o apoiará. Mas há a necessidade de recomeçar. Recomeçar a diretoria sem golpes e trambiques "dando um fim" a Eurico Miranda, recomeçar no banco de reservas com um técnico caseiro (dá uma chance a Valdir!), recomeçar conscientizando que as coisas estão péssimas e que levará tempo para tudo se ajeitar, mas que é hora de arrumar a casa financeiramente e futebolisticamente. O Vasco é grande, mas precisa mudar a mentalidade de time pequeno. Parem de pensar em Libertadores e se preocupem aqui embaixo com a Série B. É hora de recomeçar!


Filipe Vianna

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