Quando aconteceu o sorteio dos grupos da Copa do Mundo FIFA 2018 esperava-se que Portugal e Espanha poderiam se encontrar. E foi exatamente o que aconteceu. À espera de quais seriam as outras duas seleções do grupo, havia um burburinho de que esse poderia ser o grupo da morte. Afinal, Dinamarca, Suécia e a sensação Islândia ainda estavam no páreo, assim como a correria japonesa e a força tática australiana que disputavam a última vaga.
Marrocos e Irã, duas seleções sem tradição, foram as sorteadas para completar o Grupo B. Confira abaixo uma análise do que esperar desse Grupo.
Espanha
Após o inédito título de 2010, a Espanha chegou com gosto de quero mais em 2014. No entanto, as derrotas para Holanda (5x1) e Chile (3x0) fizeram a seleção ser eliminada ainda na primeira fase. Agora, em 2018, as definições de esperança foram novamente atualizadas.
Com a experiência de nomes como Sergio Busquets, Sergio Ramos, David Silva, Andrès Iniesta e Gerard Piqué (campeões em 2010), a seleção espanhola aposta que esta é a Copa da transição. A segurança no gol com David De Gea (Man. United) se une à entrada de nomes como Marco Asensio, Isco, Lucas Vásquez (Real Madrid), Koke e Saúl (Atlético de Madrid), destaques em seus clubes, o que marca uma nova era e reascende a ideia de que o país hispânico ainda forma grandes jogadores. Mas será que isso é o suficiente para encarar as potências Alemanha, Brasil e Argentina? Dia 15/06 às 15 horas, Espanha estreará contra Portugal.
Portugal
Você certamente já ouviu falar naquele ditado que diz: "Água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura". Furou.
Após sequentes fracassos - Euro 2004, Copa de 2014 - a seleção portuguesa finalmente conseguiu um título expressivo: a Eurocopa de 2016. Portugal desencantou e levou pra casa o título após um gol de Éder na prorrogação, contra a França.
É com o status de Campeão Europeu que a seleção gaja chega para a Copa da Rússia. Ao contrário da adversária Espanha, a seleção portuguesa, liderada por Cristiano Ronaldo, ainda encontra dificuldades para renovar seu time, o que proporciona eternas presenças, como Pepe, Quaresma e Bruno Alves. Apesar disso, há apostas na juventude de jogadores ainda tímidos como Bernardo Silva (Man. City), André Silva (Milan), William Carvalho (Sporting) e João Mário (West Ham).
Será que o título de 2016 deu moral ao time para chegar e surpreender ou Portugal é o eterno "Cavalo Paraguaio"?
Marrocos
Dada como eliminada em um grupo onde Portugal e Espanha estão presentes, a seleção marroquina chega querendo surpreender.
Desbancando a conhecida seleção da Costa do Marfim e invicta há um ano, os africanos apostam na correria e contam com um time miscigenado. Dos 23 chamados pelo técnico Hervé Renard, apenas cinco são nascidos no país. Os outros 18 convocados se dividem entre países como Bélgica, França, Holanda, Espanha e Canadá. Seu único destaque (à direita) é o zagueiro Mehdi Benatia (Juventus) que ficou conhecido por fazer o polêmico pênalti no último minuto da Semi-Final da Champions League, entre Real Madrid e Juventus.
Irã
Vindo para sua segunda participação seguida em Copas, a fraca seleção iraniana não projeta grandes voôs para a Copa da Rússia, mas promete fazer jogos difíceis com sua retranca.
Classificada em primeiro com tranquilidade (22 pontos) nas Eliminatórias Asiáticas, o Irã deixou facilmente para trás a popular seleção da Coréia do Sul, que se classificou com 16 pontos.
Seu único destaque é o impronunciável Ghoochannejhad, autor do único gol da seleção na Copa de 2014, no Brasil.
Filipe Vianna
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