Saiu a definição dos grupos da Taça Libertadores da América de 2019. O caminho das equipes brasileiras já está traçado. Nós, do Segue o Jogo, "desenhamos" um panorama com o que podemos esperar dos times daqui nessa edição. Vamos lá!
Internacional
Vamos por ordem. O Grupo A é o que tem a maior chance de ser considerado "grupo da morte". E a verdade é que o Colorado não teve sorte; caiu logo na chave com o atual campeão: River Plate. Para completar a sequencia, Alianza Lima do Perú entrou e ainda haverá o ingresso de outra equipe que pode ser (sabe quem?) o São Paulo.
Caso não seja a equipe paulista a última a entrar no grupo, acredito que o time do Sul brasileiro não terá grandes problemas. Mas, primeiro devemos pensar no ano Colorado. Vale lembrar que o Internacional começou mal o ano ao dar de cara com o Grêmio nas quartas-de-final no Gaúchão. Acabou sendo eliminado. Posteriormente caiu na Copa do Brasil para o Vitória (BA) nos pênaltis logo em Abril. Com o Brasileirão sendo a única competição restante, o clube de Porto Alegre fez uma grande campanha e terminou na 3ª colocação.
Na nossa análise, Odair Hellmann terá uma competição internacional pela primeira vez sob o comando da equipe sulista. O questionamento se a falta de experiência pode ser determinante, paira sob a cabeça dos torcedores. O destaque do Inter fica por conta de Guerrero que poderá estrear após 23 de Abril e a torcida que faz do Beira Rio um caldeirão.
Cruzeiro
A equipe mineira pegou o chamado "mamão com açúcar" (alguém já comeu isso?) na Liberta de 2019. A expectativa é que a 1ª colocação não seja um problema para o time de azul.
Para completar o Grupo B, Huracán (ARG), Emelec (EQU) e Deportivo Lara (VEN). Sobre a equipe Argentina, podemos esperar uma partida difícil. Em 2015, se encontrou com o Cruzeiro jogando em casa e venceu por 3x0. Realmente jogar lá será bem difícil.
Emelec é tradicional na Liberta, mas roda e nada faz. Jogar no Equador é sempre um fator complicado. Mas não há altitude em Guayaquil; Por outro lado, a logística é prejudicial, pois não há voos direto.
O Deportivo Lara, como característica venezuelana, vem a passeio. Não há jogadores de grande destaque no time.
O Cruzeiro é aprova viva que a Copa do Brasil é importante. Para a Raposa, passar em primeiro para evitar certos times deve ser a prioridade. E Mano a beira do campo é um fator bastante importante.
Flamengo
Acho que é o clube com uma das maiores expectativas para 2019. Mas também com uma das grandes decepções ao longo de certas competições. Que o Flamengo é grande, todos sabem. Mas quando foi a última boa participação rubro-negra em âmbito internacional? 1981? A sombra do grande e único título já deu. E em busca desse reconhecimento, a Libertadores surge como alvo principal para Abel Braga. Para isso, Peñarol (URU), LDU (EQU) e algum time da Bolívia será os alvos na primeira fase. Não sei o que nossos leitores pensam, mas acredito ser um grupo difícil.
Não é errado lembrarmos das boas campanhas da LDU, dos jogos duro contra brasileiros. Sem falar no Peñarol que foi campeão da edição de 1982 eliminando o Flamengo durante o trajeto ao título. E, recentemente, protagonizou uma pancadaria contra o Palmeiras lá em Montevidéu.
Para o FLA, mais do que joguinhos bons, haverá a necessidade de se impor, fato que ficou a desejar 100% no ano de 2018. A contratação de novos jogadores também é um desejo com esse objetivo: ganhar um título internacional. Só que todo ano a expectativa é grande, mas o tombo também tem sido. O +Querido precisa ser 1º do grupo para, possivelmente, não cruzar com Boca Jrs., River ou Grêmio.
Palmeiras
O atual campeão brasileiro manteve (ou está mantendo) seus destaques do título. Inclusive o misterioso Felipão. Se tem alguém que é experiente nesse tipo de competição e pode fazer toda diferença é o treinador. Com um estilo jogo não tão bonito, mas repleto de efetividade, o Palmeiras sabe se impor, ao contrário do Flamengo. Então, o time paulista precisa usar (e muito) essa carta na manga. E a prova disso vem logo no início com um grupo bastante complicado, o famoso "tudo pode acontecer". Junior Barranquilla, San Lorenzo e um time a definir ainda formam o grupo F. A equipe colombiana é a atual vice-campeã da Sul-Americana (perdeu para o Athletico - PR), o San Lorenzo é uma incógnita - já foi de campeão a fracassado - , mas, na dúvida, não é melhor pagar para ver. A última equipe pode ser a Universidad de Chile (LA Ú), e se isso se confirmar, meus amigos, que grupo complicado. Ainda sim, o alviverde é forte candidato ao título e favorito em cada jogo que disputar.
Athletico Paranaense
O grande destaque de 2018 sem dúvida foi o CAP. Com a demissão de Fernando Diniz no meio do ano, parecia que seria um ano daqueles de sempre: meio de tabela ou quase rebaixamento. Mas um tal de Tiago Nunes, desconhecido, virou o leme e mudou o percurso desse barco. A campanha até à Copa Sul-Americana foi incrível até a final. E, falando nela... Quanta emoção. O Jr. Barranquilla chegou a desperdiçar um pênalti na PRORROGAÇÃO. Apesar dessa parte boa, será que o rubro-negro do Sul conseguirá uma boa campanha como antigamente? Bom, não sei, mas de cara pegou o chefão: Boca Juniors.
O atual vice-campeão da Liberta é o cabeça-de-chave que se junta a Jorge Wilstermann (BOL) e Dep. Tolima (COL) - lembra, Corinthianos? Destaque para a saída do artilheiro Pablo para o São Paulo.
Esse não é um grupo difícil, mas é equilibrado. Porém, a Arena da Baixada é um verdadeiro caldeirão. Que os adversários que se segurem, pois o CAP vem aí.
Grêmio
Oh! time copeiro esse Grêmio. Adora um mata-mata. Pudera também com um grande treinador especialista nisso: Renato Gaúcho. Mais do que copeiro, o técnico é ganhador de Libertadores como treinador e jogador do clube gaúcho. E o grande reforço dos azuis foi justamente a permanência dele.
Falando do Grupo H, a concorrência é esquisita. Esquisita, nesse caso, refere-se a uma chave em que é uma incógnita. Quando se olha e vê Rosário Central (ARG), U. Católica (CHI) e, possivelmente, Atl. Nacional (COL) ou Libertad (PAR), é difícil ter alguma certeza. Todos são times que já tiveram anos de glória (ou quase isso), mas também deixaram a desejar em algumas edições. Na disso tira o favoritismo do Grêmio, mas equipe do Sul deve se preparar bastante para os desafios que virão. O segredo para o tricolor é segurar os jogos fora de casa e buscar o primeiro lugar.
Filipe Vianna
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