Quando você olha pro Grupo H, a vontade de falar que a Colômbia vai se classificar com folga é grande. Eu sei. Te entendo. Mas não é bem por esse lado. A surpreendente Polônia, a sumida Senegal e o sonífero Japão vão fazer de tudo para você mudar de opinião. E eu vou explicar o porquê.
Colômbia
Após grande participação na Copa de 2014 no Brasil, onde parou nas quartas-de-final diante do dono da casa(fez um jogo difícil, por sinal), a Colômbia desembarca na Rússia querendo fazer o mesmo jogo duro da edição passada da Copa do Mundo FIFA.
No decorrer das eliminatórias, a seleção colombiana demonstrou ser um time bom e competitivo. No entanto, foi caindo de produção demonstrando fragilidade defensiva e ficando com a última vaga - até a Argentina, que foi se arrastando até o fim, ficou à frente.
A seleção de Shakira manteve a base do sucesso de 2014 com a manutenção de 10 jogadores remanescentes. E com a inclusão de novidades que chamam atenção: Yerry Mina (Zagueiro, dançarino, ex-Palmeiras), Falcao García (o artilheiro finalmente vai para a Copa) e Miguel Borja (atacante do Palmeiras). Com um futebol mais solto, alegre e sem tanta catimba, do que de costume na América do Sul, a Colômbia buscará o primeiro lugar do grupo. E, se passar de fase, terá a chance de protagonizar um jogão de oitavas-de-final contra Bélgica ou Inglaterra. E, aqui entre a gente... Quem sabe se os amarelos não eliminam um dos dois?
Polônia
Se estivéssemos analisando a seleção da Polônia há 10 ou 20 anos atrás, certamente diríamos que ela já está eliminada. Até porque tem sido assim nas últimas edições da Copa do Mundo FIFA. Mas, eles prometem surpreender. Eis alguns fatos interessantes que podem fazer você ter dúvida dessa ideia de "já era".
Em 10 jogos nas eliminatórias, a Polônia passou facilmente em primeiro no seu grupo e alcançou 8 vitórias. Mas o que chamou mais atenção não foi isso. O ataque polonês marcou 28 gols. Acredite! Ficando atrás apenas de Espanha, Portugal e Alemanha.
Falando em ataque... O Comandante do setor ofensivo é Robert Lewandowski. O maior artilheiro da história da seleção polonesa deixa o estilo "pernudo" pra trás e vem buscar jogo no meio para finalizar bem no ataque. E isso vem dando certo.
Na lista de convocados há a presença de bons jogadores, destaques em seus clubes. Como: Szczesny (goleiro da Juventus) e Blaszczykowski (veloz, impronunciável e meia do Wolfsburg).
Sempre conhecido por seu jogo duro, característica de países eslavos (Croácia, Bulgária, Rússia, Ucrânia), a Polônia de hoje joga mais solta, com mais toque de bola e tentativas mais nítidas de gol.
A passagem para próxima fase não é garantida. Mas veremos um bom jogo protagonizado por esse time. Lembrando, mais uma vez, que se se classificar pode: pegar Bélgica ou Inglaterra e ter a oportunidade de fazer história.
Senegal
Eles voltaram. E mais velozes do que nunca. Se eu fosse você ficava de olhos bem abertos. Porque esses caras correm muito.
Senegal está de volta à Copa do Mundo FIFA. Após o grande sucesso de 2002 - eliminou Uruguai e França na primeira fase e chegou até às quartas-de-final - a seleção africana mais alegre caiu em um grupo difícil, muito igual, mas vai infernizar a vida dos adversários.
Com um time melhor, os africanos vem para sua 2ª Copa, apenas 2ª. No entanto, traz um grande jogador no ataque: Sadio Mané. O destaque do Liverpool nessa temporada (17/18) tem a missão de levar Senegal a mais um grande feito e se tornar a zebra desta edição do Mundial. Uma curiosidade: o técnico Aliou Cissé convocou 8 jogadores de ataque - dentre eles Keita Baldé de 23 anos, atacante do Mônaco, rápido e habilidoso. Então podemos esperar muita correria e desespero nos fins dos jogos.
Pareço maluco (vai ver eu sou mesmo), mas um possível confronto Inglaterra x Senegal ou Bélgica x Senegal nas oitavas-de-final, me faz acreditar que a zebra pode passear pela Rússia.
Japão
Simpáticos, fazem mal a ninguém, mas isso não quer dizer que vá facilitar a vida dos "companheiros de grupo".
Vindo para sua sexta Copa do Mundo FIFA, o Japão desembarca na Rússia querendo espantar essa ideia de que é uma equipe frágil. Mas não sei se será possível... Não dessa vez.
Apesar de nunca ter feito uma boa aparição nas edições da Copa do Mundo FIFA (no máximo chegou às oitavas-de-final), a seleção japonesa já teve bons times. Há de se lembrar do Mundial de 2006 na Alemanha quando a equipe era comanda por Zico e tinha nomes que se destacavam na Europa, como: Takahara, Nakata e Nakamura.
Hoje, em 2018, apresenta uma equipe de fracos jogadores e com uma defesa duvidosa. Seus destaques, Kagawa (Borussia Dortmund) e Honda (Pachuca), são inteligentes, mas não farão tudo sozinho.
Apesar de tudo, o Japão lutará até o fim e, em um grupo tão equilibrado, quem sabe não consegue uma classificação heroica? A estréia é contra Senegal, dia 24/06 às 12:00 h (horário de Brasília).
Filipe Vianna
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