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Entre o Jogar e o Perder

A Copa do Mundo é uma competição cruel. Ela não aceita certas situações ou atitudes, ela pesa a mão quando acha necessário, e são raras as vezes em que comete uma injustiça absurda, como normalmente é o futebol. A mais nova geração belga, amada pelos jovens entusiastas de FIFA, foi novamente parada. Apesar de sua campanha histórica, chegando a uma semi-final, eles pecaram. Assistindo todos os jogos da Bélgica, com toda minha ignorância futebolística, eu pude ver dois erros fatais.


1- Nós somos muito bons!

De fato, são! Hazard e De Bruyne no mesmo meio de campo é um absurdo com as outras seleções! Lukaku comandando o ataque é certeza de fartura de gols e Courtois no gol...

Pergunte à seleção brasileira do que ele é capaz. Em suma, são excelentes jogadores e um time assim, repleto de estrelas, trás o excesso de confiança. Atacar e massacrar tanto o adversário nos levou ao mal costume de pensar "daqui a pouco a bola entra", porém nem sempre é assim, e tanta confiança leva ao segundo erro.


2- Falta do medo de perder!

O medo de perder é essencial. Não estou falando do medo paralisante que te ataca os nervos, que faz você tremer e ter tonturas.

Me refiro ao medo que te aumenta os reflexos, que aguça os sentidos, o medo que te faz pensar "essa eu não posso perder".


Infelizmente a Bélgica não irá à final em 2018. Talvez 2022 seja sua vez, mas será que os jogadores estarão numa fase tão boa? Os jogadores com mais idade terão peças de reposição? É difícil responder a essas perguntas. A única resposta que Bélgica deixa é que jogaram como nunca e perderam como sempre.


Héberton Antunes

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